Hands On em Balneário Camboriú, curso de especialização do NAEO

naeoOs alunos do curso de especialização do NAEO – Núcleo Avançado de Estudos Odontológicos, situado em Balneário Camboriú – SC no dia 10/03/2016 , tiveram oportunidade de conhecer os conceitos embutidos nos produtos DSP Biomedical e também manusear os implantes Cone Morse e Flexcone 2.5 através do hands ON. Esta forma de imersão ao sistema de implantes, componentes e instrumentais de forma didática teoria e prática e nomeada como DSP ON e teve a regência do diretor científico da empresa DSP Biomedical.

Atualmente a implantodontia é citada como o ápice na modernidade quando a questão discutida é reabilitação oral 1. Antes do uso dos implantes, a reabilitação oral era realizada por próteses convencionais, do tipo removível, fixa ou total. Além de ser o método mais moderno e atual o uso dos implantes ainda pode ser mais conservador, sem desgaste de dentes adjacentes, quando comparado a outros tipos de reabilitação 2Porém, para que a implantodontia tenha sucesso clínico é necessário que ocorra o fenômeno da osseointegração, que nada mais é do que a união física do implante osseointegrado com o osso receptor. Apos décadas de pesquisa e desenvolvimento laboratoriais e clínicos, Branemark e seu grupo de pesquisadores nos ofereceram um sistema de implante que pode substituir os dentes naturais perdidos e atingir essa osseointegração. A descoberta aconteceu ao acaso após a tentativa da retirada de uma peça de titânio utilizada em tíbia de uma cobaia. Foi observado que a peça se integrou ao osso e a partir desse fenômeno começaram outros estudos, pesquisas e experimentos enfocando osso e titânio 3,9, 10. Os altos níveis iniciais de sucesso relatados por estes pesquisadores nas pesquisas iniciais ainda hoje são verificados na odontologia. Estes níveis de sucesso estão ligados a união estrutural direta e funcional entre osso e o implante que, nos dias de hoje, ultrapassam os 90% na maioria dos trabalhos.

Para que se alcance tal índice de sucesso é necessário, além de um amplo conhecimento na área, uma anamnese criteriosa do estado de saúde do paciente, seguir criteriosamente algumas regras antes, durante e após processo cirúrgico. Dessa forma, podem ser verificados alguns fatores de riscos gerais e específicos, além de conhecer as variáveis de um implante. Ao colher todas as informações possíveis do paciente e realizar um adequado estudo para traçar um planejamento adequado, tanto na parte cirúrgica quanto na protética, torna-se o prognóstico do tratamento mais confiável  4,9 . Além disso, existem atualmente diversos sistemas de implantes dentais, cuja comprovação do sucesso em longo prazo e da confiabilidade do sistema devem ser comprovados utilizando-se critérios e protocolos de pesquisa, de preferência longitudinais 5,6,7,8.

Revista Odontológica de Araçatuba, v.32, n.1, p. 26-31, Janeiro/Junho, 2011 26

naeo_02

naeo_03

01- Misch CE. Implantes dentários contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Ed.Santos; 2000. p.21-32
02 – Adell R, Lekholm U, Rockler B, Branemark PI. A 15-year study of osseointegrated implants in the treatment of the edentulous jaw. Int J Oral Surg. 1981; 10(6): 387-416
03 – Albrektsson T, Zarb G, Worthington P, Eriksson AR. The long-term efficacy of currently used dental implants: a review and proposed criteria of success. Int J Oral Maxillofac Implants. 1986; 1(1):11-25
04 – Alcoforado GAP, Rams TE, Feik D, Slots J. Microbial aspects of failing osseointegrated dental implants in humans. J Parodontol. 1991; 10(1): 11-8
05 – Beer A, Gahleitner A, Holm A, Tschabitscher M, Homolka P. Correlation of insertion torques with bone mineral density froom dental quantitative CT in the mandible. Clin Oral Implants Res. 2003; 14(5): 616-20
06 – Bornstein MM, Cionca N, Mombelli A. Systemic conditions and treatments as risks for implant therapy. Int J Oral Maxillofac Implants. 2009; 24 Suppl:12-27
07 – Branemark PI. Osseointegration and its experimental background. J Prosthet Dent. 1983; 50(3): 399-410 8 – Branemark PI, Zarb HA, Albrektsson T. Tissue- integrated prostheses. Osseointegration in clinical dentistry. Chicago: Quintessence; 1985
08 – Campos Júnior A, Passanezi E. Por que a osseointegração revolucionou a Implantodontia? In: Todescan FF, Botino MAC. Atualização na clínica odontológica: a prática da clínica geral.São Paulo: Artes Médicas; 1996. p. 249-97.
09 – Cox JF, Zarb GA. The longitudinal clinical efficacy of osseointegrated implants: a 3-year report. Int J
Oral Maxillofac Implants. 19872(2): 91-100
10- Misch CE. Implantes dentários contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Ed.Santos; 2000. p.21-32
11 – Schnitman PA, Shulman LB. Recommendations of the consensus development conference on dental implants. J Am Dent Assoc. 1979; 98(3): 373-7.
12 – Renouard F, Rangert B. Fatores de risco no tratamento com implantes. São Paulo; 2001. p. 13-25